quarta-feira, 16 de setembro de 2009

The Lost Symbol

Comprei o livro, ainda que tenha desgostado dos outros dois com o Professor Langdon como personagem principal. (Nota: gostei mais de Anjos e Demónios)
Ainda não o comecei a ler porque esbarrei numa página.
Lê-se
FACT:
In 1991, a document was locked in the safe of the director of the CIA. The document is still there today. Its cryptic text includes references to an ancient portal and an unknown location underground. The document also contains the phrase "It´s buried out there somewhere.
All organizations in this novel exist, including the Freemasons, the Invisible College, the Office of Security, the SMSC, and the Institute of Noetic Sciences.
All rituals, science, artwork, and monuments in this novel are real.
Se não perceberam porque parei explico. Esta tentativa errada de transformar um romance em factos, dados concretos parece-me inusitada, ainda que seja isso (pelo menos é um dos factores) que faz com que o livro venda. Enquanto leitor, irrita-me. Se quisesse ter acesso a factos lia um livro científico, via uns documentários ou via um telejornal (o da Manuela incluído).
Os romances são, por definição, romances, invenções da mente de alguém, que podem, ou não, ter bases concretas, mas que não devem passar por verdade.
Vender a ficção como realidade é uma aventura, aparentemente, fadada ao sucesso (no caso de Dan Brown, pelo menos), mas que vejo com tristeza e apelido de farsa. Infelizmente, nestes tempos pós-modernos, ou pós pós-modernismo, incita o prazer e a imaginação alheia, tendo em conta o senso comum e o conhecimento espartilhado e raso actual.

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