sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Ficção à portuguesa?

O seco algarvio chegou onde queria. Teimoso, com pouco jeito para a palavra, venceu o poeta, mostrando que a palavra nem sempre é sinónimo de vitória.
Desconfia que ou nem toda a gente o ouve ou não o percebe. Será que falo para o boneco, pensa, num sentido lato, quando recebe o primeiro-ministro. Não gosto deste tipo, mas o bochechas gostava menos de mim. Se eu aguentei tu também aguentarás, mas ao contrário do outro quero que eles gostem de mim.
Semanas passam, o Presidente sente-se atacado e veta um Estatuto. Confiando na sua percepção, fala ao país, tentando alertar para os perigos desse Estatuto. Entre o sol e as praias, saindo na noite algarvia, milhares de portugueses ouvem e não percebem o que o Presidente quis dizer.
Triste com tal facto, e já não gostando de tentar gostar do Primeiro Ministro, o Presidente começa a fartar-se de tanta incapacidade. Ah! Se fosse mais novo ou tivessemos um sistema presidencialista.
No que eu me fui meter...
A companheira de tantas lutas é escolhida para líder do partido. Ele pensa que ela é louca, no que ela se vai meter. "Vá ver a sua neta, não se meta nisso."
Continua a falar aqui e acolá, mas pouca atenção lhe dão.
Um dia, o homem que pouca gente ouve e muita gente não quer ouvir convence-se, ou convencem-no,que o estão a escutar.
Em vez de se sentir feliz arma um enorme imbróglio e fala novamente, depois de tempo, ao país.
Ninguém o percebe.
Eu também não, não devia estar contente por alguém o querer ouvir?

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