sexta-feira, 2 de outubro de 2009


Ainda que não tenha pachorra para o existencialismo (vão plantar batatas) tenho tendência a gostar de produtos televisivos/cinematográficos que abordem as questões da identidade.

Um exemplo disso é a nova série de Joss Whedon, de quem abomino Buffy e Angel, ainda que goste bastante de Firefly e Serenity.

Falo de Dollhouse.

De que trata Dollhouse?

Dollhouse é uma organização que utiliza agentes para diversas missões e tarefas, desde dar prazer físico aos seus clientes até à libertação de reféns ou acompanhar clientes em desportos alternativos, o senão é que os agentes (dolls) foram "formatados", a sua personalidade, e memórias, foram limpos e em cada missão é-lhes implantadas memórias e características referentes a essa mesma missão.

Os principais protagonistas são Echo e Paul Ballard. Echo é uma das dolls, mas pouco a pouco a sua verdadeira personalidade vai emergindo das personagens implantadas e Paul Ballard, o agente do FBI que tenta provar a existência da organização, que toda a gente tem como sendo uma lenda urbana.


Confesso que gostei menos da série do que gostaria, continuo a preferir Firefly, mas há algo que me impeliu a ver toda a primeira temporada num fim de semana.

Por um lado, Dollhouse consegue manter o humor presente nas séries de Whedon, por vezes "in your face", outras mais requintado.

A premissa de Dollhouse contém a possibilidade de se imolar pela repetição, caindo no erro de Alias e outras séries, através da escrita e da emergência da personalidade primária de Echo essa repetição acabou por ser ultrapassada, ainda que os primeiros episódios sejam ligeiramente recursivos.


Eliza Dushku é uma surpresa, melhor actriz do que esperava.

No entanto aquilo que realmente me atrai na primeira temporada é a formatação dos agentes e a forma como a natureza/personalidade primária lentamente vem ao de cima.


Uma série interessante, mas que terá de passar pelo crivo da segunda temporada.

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