terça-feira, 11 de novembro de 2008

Regresso ao Futuro?

Recordar é viver de Vitor Espadinha

Foi em setembro que te conheci
Trazias nos olhos a luz de Maio,
Nas mãos o calor de Agosto e um sorriso
Um sorriso tão grande que nunca tinha encontrado
Ouve, vamos ver o mar...
Foste o 30 de fevereiro de um ano que inventaram
Falámos, falámos coisas boas e acabámos, em silêncio,
Por unir as nossas bocas e eu aprendi a amar

Foi em setembro que te conheci
Trazias nos olhos a luz de Maio,
Nas mãos o calor de Agosto e um sorriso
Um sorriso tão grande que não cabia no tempo
Ouve, vamos ver o mar...

Foste o 30 de fevereiro de um ano que inventaram
Falámos, falámos coisas tão loucas e acabámos, em silêncio,
Por unir as nossas bocas e eu aprendi a amar

Sim eu sei que tudo são recordações
Sim eu sei é triste viver de ilusões
Mas tu foste a mais linda história de amor
Que um dia me aconteceu e recordar é viver
Só tu e eu

Foi em Novembro que partiste
Levavas nos olhos as chuvas de Março
E nas mãos um mês frio de Janeiro
Lembro-me que me disseste que o meu corpo tremia
E eu que queria ser forte, respondi que tinha frio
Falei-te do vento norte
Não me digas adeus, quem sabe talvez um dia...

Como eu tremia de inverno, amei como nunca amei
Fui louco? Não sei, talvez! Mas por pouco, muito pouco,
Eu voltaria a ser louco com o amor de ti e o tremer

Foi em Novembro que partiste
Levavas nos olhos as chuvas de Março
E nas mãos um mês frio de Janeiro
Lembro-me que me disseste que o meu corpo tremia
E eu que queria ser forte, disse-te que tinha frio
Falei-te do vento norte

Não, não me digas adeus, quem sabe talvez um dia...
Como eu tremia meu Deus, amei como nunca amei
Fui louco? Não sei, talvez! Mas por pouco, muito pouco,
Eu voltaria a ser louco amar-te-ia outra vez
Sim eu sei que tudo são recordações
Sim eu sei é triste viver de ilusões
Mas tu foste a mais linda historia de amor
Que um dia me aconteceu e recordar é viver
Só tu e eu (3x)


Recursividade. Teimosia ou pura burrice?
Reparem que o Espadinha sabe que é triste viver de ilusões, mas ali está ele, com uma garrafa na mão, à lareira, convencendo-se a si mesmo que recordar é viver.
O tanas! Ele não está a viver, está a morrer. Com uma garrafa na mão e um maço quase vazio. Voltando atrás, relembrando o passado, trucidando uma música francesa, com uma letra foleira em português e recriminando-se.
Que belo retrato de nós mesmos...

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